O auxílio emergencial será prorrogado até dezembro para os trabalhadores informais, microempreendedores individuais, desempregados e outras pessoas de baixa renda. A confirmação foi feita pelo vice-líder do governo no Senado, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), nesta quinta-feira (20).
Com o auxílio emergencial prorrogado, o valor deverá ser cortado pela metade. Em vez de R$ 600, os beneficiários receberão R$ 300. O governo ainda não informou quanto receberão as mães solteiras, que atualmente recebem R$ 1.200.
"Esse benefício emergencial terá o valor de R$ 300, essa foi uma definição junto à equipe econômica do presidente Bolsonaro, por entender que é um valor que vai continuar ajudando todos aqueles que estão passando por essa crise e necessitam de um braço amigo, de uma força maior do Governo Federal", destacou Rodrigues.
Custo
O auxílio emergencial custa R$ 50 bilhões por mês aos cofres públicos e de acordo o próprio presidente Jair Bolsonaro, não tem como durar muito tempo. Cerca de 60 milhões de pessoas são beneficiadas pelo auxílio.
O líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), informou que maiores detalhes sobre a prorrogação do auxílio serão divulgados na próxima terça-feira (25), durante o lançamento do programa Pró-Brasil, programa de obras para recuperação econômica após a pandemia.
A prorrogação do auxílio deverá ser enviada ao Congresso por meio de uma medida provisória.
O auxílio
Criado em abril com o objetivo de socorrer os trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais, desempregados e outras pessoas de baixa renda durante a pandemia da covid-19, o auxílio tinha a previsão de durar três meses.
Porém, com a continuidade da pandemia e consequentemente da crise econômica provocada pela necessidade da suspensão das atividades de vários segmentos, o governo decidiu prorrogar o benefício em junho, para cinco parcelas.
Aumento de 24% na renda
Uma pesquisa do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que as pessoas que receberam o auxílio tiveram os rendimentos aumentados em 24% em relação ao que recebiam usualmente antes da pandemia.
O impacto foi maior no caso dos informais, cuja elevação de renda proporcionada pelo auxílio chegou a 50%, passando de uma média de R$ 1.344 (pré-pandemia) para R$ 2.016.
O levantamento mostra que alguns profissionais foram mais afetados pela pandemia, como cabeleireiros e manicure, que perderam, sem levar em conta o auxílio emergencial, 42% da renda usual. Vendedor ambulante (-38%), motorista (-36%), vendedor a domicílio (-33%), e artesão, costureiro e sapateiro (-33%), também tiveram quedas acentuadas em seus rendimentos.
*Com informações da Agência Senado
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