crédito: Aline Lopes/arquivo pessoal
Uma mulher ficou mais de 24 horas com uma barata presa dentro do ouvido. O caso ocorreu em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, no último domingo (5).
Em entrevista ao site G1, Aline Lopes contou que estava na casa da sogra quando acordou, de madrugada, desesperada com o inseto no ouvido.
Ela decidiu ir ao hospital mais próximo, mas, segundo ela, na unidade não havia especialista de plantão nem material para realizar o procedimento. A mulher disse, no entanto, que os profissionais foram atenciosos e orientaram que ela buscasse atendimento em Macaé ou em São Pedro da Aldeia.
A mulher então decidiu ir até o município vizinho, São Pedro da Aldeia. Lá os enfermeiros tentaram tirar a barata com um sugador, mas não conseguiram realizar o procedimento por falta de equipamento adequado.
"Uma doutora tentou tirar o bicho com o sugador e começaram a mexer no meu ouvido de novo, que já tava com o tímpano muito machucado por conta da barata e por conta do alicate que estavam enfiando. Eu sentia muita dor e eles me sedaram", disse Aline.
Segundo ela, os profissionais da unidade de saúde da cidade tentaram fazer a transferência dela para um hospital do Rio de Janeiro, mas não conseguiram vaga.
Nesta segunda-feira (6), o médico otorrinolaringologista André Defaveri, que atende em uma clínica particular, ficou sabendo do caso e entrou em contato com Aline para retirar a barata. O procedimento foi feito gratuitamente por ele.
O Correio entrou em contato com a prefeitura de São Pedro da Aldeia referente ao atendimento prestado nas unidades. Confira a nota:
"A Secretaria de Saúde informa que a paciente, moradora de Cabo Frio, deu entrada no Pronto Socorro de São Pedro da Aldeia no domingo (05/06), com relato de corpo estranho no ouvido direito (barata). A paciente relatou também que estava em outro hospital e que houve a tentativa de retirar, porém sem sucesso. A gestão municipal solicitou avaliação do otorrinolaringologista, onde foi regulada via SER - Sistema Estadual de Regulação, negada pelo Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), referência na região, por ser fora do perfil da unidade. A Secretaria de Saúde solicitou, ainda, a vaga zero (urgência) à Central Estadual de Regulação e fez contato com o município de Cabo Frio, onde conseguiu o atendimento com o otorrino do ambulatório do Pronto-Atendimento Municipal (PAM) cabofriense. Ao comunicar a paciente, a mesma informou que havia conseguido atendimento em uma clínica particular."
A Secretaria de Saúde de Cabo Frio também foi contactada, mas até a publicação desta matéria não tivemos uma resposta.
DP
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