Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press
O Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG) concluiu, em assembleia nesta sexta-feira (8), que deve aderir à greve proposta pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) caso o Congresso Nacional leve a pauta da privatização da Petrobras. Diversas reuniões ocorreram em todo o país para decidir se a categoria poderá entrar em greve por tempo indeterminado.
Os trabalhadores da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de BH, rejeitaram de forma unânime a contraproposta da estatal petroleira. Já a greve da refinaria, votada somente pelos funcionários da Regap em processo de venda, foi aprovada pela maioria.
Segundo o Sindipetro, a Petrobras "despreza os esforços de trabalho da categoria petroleira", principal responsável pelo lucro de R$ 44,56 bilhões da empresa no primeiro trimestre - 38 vezes maior que o do mesmo período do ano anterior.
"Nós aqui em Minas Gerais, com uma pauta local, aprovamos também uma greve caso coloquem a Regap à venda, a nossa única refinaria de Minas Gerais, nessa privatização descarada do nosso patrimônio por metade de seu preço. A categoria mineira mostrou mais uma vez que vai pra luta. Não permitiremos a entrega da Regap", afirmou Alexandre Finamori, coordenador geral do Sindipetro/MG.
Valor abaixo de mercado
Conforme o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), as unidades que o governo do Presidente Jair Bolsonaro vem privatizando foram negociadas por um preço abaixo do mercado.
A Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), em Fortaleza/CE, foi negociada por R milhões em maio de 2022 - 55% do seu valor real com base na avaliação do Ineep.
Por fim, o Ineep argumentou que o processo de venda da Regap de Betim está sendo realizado sem transparência da empresa e não mantém diálogos com as petroleiras e petroleiros.
Por: Estado de Minas
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