No estado, gasto diário médio per capita dos visitantes foi reduzido de R$ 306 em 2020 para R$ 236 no ano passado (Annaclarice Almeida/Arquivo DP)
Divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (06), a PNAD Contínua Turismo 2020-2021, pesquisa realizada em parceria com o Ministério do Turismo com o objetivo de calcular os impactos da pandemia de Covid-19 no setor, apontou que entre os anos de 2020 e 2021, os gastos com turismo em Pernambuco caíram de R$ 622 milhões para R$ 418,2 mi.
No estado, o gasto diário médio per capita dos visitantes foi reduzido de R$ 306 em 2020 para R$ 236 no ano passado. Em 2021, Pernambuco respondeu por 3% do total de viagens nacionais. Dessa forma, o estado ficou na 11ª posição na lista entre os mais procurados pelos turistas no Brasil.
Entre os pernambucanos, a média de viagens ficou abaixo do resultado nacional. Entre os mais de três milhões de domicílios do estado, em apenas 8,1% algum morador tinha viajado em 2021. No Brasil, a média ficou em 12,7%. O desempenho de Pernambuco é o quarto pior do país, perdendo apenas para Amazonas (7,8%), Roraima (6,4%) e Amapá (3,7%). Em 2019, no período pré-pandemia, o percentual de viagens realizadas por pernambucanos era de 15,2%.
Para aqueles que não realizaram viagens, o principal motivo foi a falta de dinheiro, apontado por 43% dos lares do estado. Em seguida aparecem motivos como falta de necessidade (20%) e, outro (15,6%), que pode incluir a existência da pandemia de Covid-19. As demais razões alegadas foram não ser prioridade (6,5%), não ter interesse (5,9%), não ter tempo (5,2%) e problemas de saúde (3,6%).
Das 351 mil viagens para Pernambuco realizadas em 2021, 308 mil, número que representa 87,9% do total, tiveram finalidade pessoal, enquanto as 42 mil restantes, 11,1%, foram com finalidade profissional. O número é superior aos deslocamentos registrados em 2020, quando foram realizadas 337 mil viagens, sendo 284 mil, 84,3% do total, para fins pessoais e 53 mil, 15,7%, para finalidade profissional.
Entre as viagens feitas por motivo pessoal realizadas nos anos de 2020 e 2021, os deslocamentos realizados por lazer tiveram uma redução de 44,2% total, há dois anos, para 42,5%, no ano passado. Já as visitas ou eventos de familiares ou amigos tiveram retração mais expressiva, de 31,4% para 25,1% no mesmo período.
Enquanto isso, as viagens para tratamento de saúde ou consulta médica pularam de 16,6% para 23,6% dos deslocamentos no período. As viagens por outros motivos tiveram um aumento discreto, de 7,9% para 8,8%.
No que diz respeito aos meios de transporte utilizados para o deslocamento, de todas as viagens realizadas em 2021 em Pernambuco, 55,3% foram feitas de carro particular ou de empresa, 12,4% com outro meio de transporte, 12,1% com ônibus de linha, 7,2% de avião, 6,3% de van ou perueiro, 4,5% de ônibus fretado ou de turismo e 2,2% de motocicleta.
Antes da pandemia, em 2019, os carros respondiam por 40,2% do total de viagens, subindo para 51,6% em 2020 e 55,3% em 2021. Os aviões, por sua vez, tiveram uma redução expressiva: há três anos, eles responderam por 14,7% das viagens, tendo uma redução brusca para 6% em 2020 e uma leve recuperação em 2021, com 7,2% das viagens.
Por: Diario de Pernambuco
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