Por: Ecio Costa |
A nova moeda vai criar um sistema de pagamentos instantâneo que funcionará separadamente dos bancos, deixando os usuários independentes para operações de pagamentos e recebimentos e traz uma ameaça aos bancos e cartões de crédito.
O Banco Central deu um passo importante e inovador para seguir uma tendência mundial de emissão de moedas digitais e que representa uma revolução nas finanças e movimentações bancárias como é conhecido hoje em todo o mundo, com a criação do Real Digital e seu uso no dia a dia.
O Real Digital funcionará com uma stablecoin, uma moeda de valor estável, valendo sempre R$ 1,00, diferente das criptomoedas como Bitcoin ou Ethereum, cujas cotações variam com o mercado, e terá conversibilidade imediata e sem custos financeiros para o Real tradicional.
O Real Digital inova no sentido que desobrigará as pessoas de terem contas bancárias para realizar transações de recebimentos e pagamentos. Funciona como o papel moeda, cada vez mais em desuso, mas que estará guardado numa wallet digital (carteira digital), não no banco.
Hoje, a grande maioria das pessoas usa os bancos para, por exemplo, receber seus salários e, a partir das contas bancárias, realizar pagamentos de boletos, fazer transferências para outras contas, pagar o cartão de crédito, ou até mesmo realizar um PIX para outras pessoas.
Com o Real Digital, não mais será necessário o banco como intermediador para realizar transações e transferências. Basta um celular com internet e a pessoa poderá fazer transferências de wallet para wallet. Essa inovação disruptiva muda o mercado financeiro significativamente.
Ainda haverá outras possibilidades como a rápida conversão do Real Digital em outras moedas digitais em operações de câmbio. As instituições financeiras terão que se reinventar para continuar oferecendo serviços aos clientes, provavelmente com custos menores ou inexistentes.
Os riscos por trás dessa nova tecnologia existem e têm relação forte com as questões de segurança que ainda precisam ser melhor desenvolvidas, no caso de roubo de celulares em lugares violentos, e no maior controle de informações que o BC terá sobre os detentores das wallets.
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