Foto: JAVIER TORRES/AFP
Por: Correio Braziliense
Exatamente três anos depois de declarar a Covid-19 como uma emergência de saúde pública, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu manter o nível máximo de alerta para a pandemia responsável por ao menos 7 milhões de mortes no mundo. Em 30 de janeiro de 2020, no momento em que a agência das Nações Unidas declarou a situação de alerta, havia 100 casos de infecção pelo Sars-CoV-2 fora da China e nenhuma morte tinha sido registrada em função da doença.
O cenário mudou significativamente, mas ainda demanda cuidados, enfatizou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Não há dúvida de que estamos em uma situação muito melhor agora do que há um ano, quando a onda ômicron estava no auge", afirmou. "Mas, desde o início de dezembro, as mortes semanais relatadas aumentaram. Nas últimas oito semanas, mais de 170 mil pessoas morreram de Covid-19", ponderou.
Entre 16 e 22 de janeiro, metade dos 40 mil óbitos contabilizados oficialmente ocorreram na China, que, recentemente, abandonou a política de "Covid zero", uma das mais rígidas do mundo. Logo após a divulgação desse balanço, Tedros reforçou a necessidade de não subestimar o coronavírus. "Ele nos surpreendeu e continuará nos surpreendendo e matando, a menos que façamos mais para fornecer assistência médica a quem precisa e combater a desinformação em escala global", disse.
Ontem, o diretor da OMS lembrou que é possível fazer "mais para lidar com as vulnerabilidades das populações e dos sistemas de saúde" e lamentou que poucas pessoas estejam vacinadas contra a Covid-19 tanto por falta de acesso aos imunizantes quanto por desconfiança em relação à eficácia das fórmulas.
O cenário, avalia a Cruz Vermelha, acende o sinal de alerta quanto ao enfrentamento de uma nova crise sanitária. Segundo relatório da instituição, o mundo continua "perigosamente despreparado" para uma próxima pandemia. "Ela pode ser iminente e, se a experiência da Covid-19 não acelerar os preparativos, o que vai acelerar?", questionou Jagan Chapagain, secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).
Na avaliação da federação, a preparação global para a pandemia de Covid-19 foi inadequada e com consequências enfrentadas até hoje. "Não haverá desculpa se não nos prepararmos", enfatizou. A recomendação da FICV é que os países se preparem para "vários riscos, não apenas um", já que há a possibilidade de a nova crise sanitária surgir antes do fim da atual. Uma das hipóteses é que o cenário de gravidade seja desencadeado por um desastre natural relacionado com as mudanças climáticas.
A federação também pede o desenvolvimento de produtos mais baratos, de fácil armazenamento e administração para o enfrentamento de uma nova pandemia. Segundo suas estimativas, os países devem aumentar o financiamento nacional da saúde em 1% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2025 para estarem mais preparados para uma nova crise sanitária.
Exatamente três anos depois de declarar a Covid-19 como uma emergência de saúde pública, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu manter o nível máximo de alerta para a pandemia responsável por ao menos 7 milhões de mortes no mundo. Em 30 de janeiro de 2020, no momento em que a agência das Nações Unidas declarou a situação de alerta, havia 100 casos de infecção pelo Sars-CoV-2 fora da China e nenhuma morte tinha sido registrada em função da doença.
O cenário mudou significativamente, mas ainda demanda cuidados, enfatizou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Não há dúvida de que estamos em uma situação muito melhor agora do que há um ano, quando a onda ômicron estava no auge", afirmou. "Mas, desde o início de dezembro, as mortes semanais relatadas aumentaram. Nas últimas oito semanas, mais de 170 mil pessoas morreram de Covid-19", ponderou.
Entre 16 e 22 de janeiro, metade dos 40 mil óbitos contabilizados oficialmente ocorreram na China, que, recentemente, abandonou a política de "Covid zero", uma das mais rígidas do mundo. Logo após a divulgação desse balanço, Tedros reforçou a necessidade de não subestimar o coronavírus. "Ele nos surpreendeu e continuará nos surpreendendo e matando, a menos que façamos mais para fornecer assistência médica a quem precisa e combater a desinformação em escala global", disse.
Ontem, o diretor da OMS lembrou que é possível fazer "mais para lidar com as vulnerabilidades das populações e dos sistemas de saúde" e lamentou que poucas pessoas estejam vacinadas contra a Covid-19 tanto por falta de acesso aos imunizantes quanto por desconfiança em relação à eficácia das fórmulas.
O cenário, avalia a Cruz Vermelha, acende o sinal de alerta quanto ao enfrentamento de uma nova crise sanitária. Segundo relatório da instituição, o mundo continua "perigosamente despreparado" para uma próxima pandemia. "Ela pode ser iminente e, se a experiência da Covid-19 não acelerar os preparativos, o que vai acelerar?", questionou Jagan Chapagain, secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).
Na avaliação da federação, a preparação global para a pandemia de Covid-19 foi inadequada e com consequências enfrentadas até hoje. "Não haverá desculpa se não nos prepararmos", enfatizou. A recomendação da FICV é que os países se preparem para "vários riscos, não apenas um", já que há a possibilidade de a nova crise sanitária surgir antes do fim da atual. Uma das hipóteses é que o cenário de gravidade seja desencadeado por um desastre natural relacionado com as mudanças climáticas.
A federação também pede o desenvolvimento de produtos mais baratos, de fácil armazenamento e administração para o enfrentamento de uma nova pandemia. Segundo suas estimativas, os países devem aumentar o financiamento nacional da saúde em 1% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2025 para estarem mais preparados para uma nova crise sanitária.
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